Familiares e amigos se despedem de dentista que foi encontrada morta

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Amigos e familiares se despedem no velório de Bárbara Machado Padilha 

A madrugada e a manhã desta quinta-feira foi de despedida na cidade de Tupanciretã, a cerca de 90 quilômetros de Santa Maria. Familiares e amigos de Bárbara Machado Padilha, 32 anos, encheram a capela da funerária São Camilo em Tupanciretã para a despedida da dentista. O desaparecimento e morte de Bárbara comoveu a cidade de 22 mil habitantes. O velório começou na noite de quarta-feira. O enterro acontece às 10h, no cemitério Santa Terezinha, interior da cidade. 

Bárbara desapareceu no último sábado, ficou desaparecida e na tarde de quarta-feira foi encontrada morta nas margens da BR-158, a cerca de 300 metros do Trevo do Castelinho, em Santa Maria. 

O marido de Bárbara, Pedro Melo Ribas, agradeceu pelo trabalho de todas equipes que procuraram por Bárbara e por todas pessoas que acabaram se comovendo com a história nos últimos dias. Ele disse estar "despedaçado": 

- Eu queria agradecer o pessoal de Tupanciretã, da Polícia Civil, que desde o início do desaparecimento da minha companheira eles não mediram esforços, eu acompanhei toda investigação deles. Queria agradecer também o delegado Sandro, de Santa Maria, que também não mediu esforços nas buscas, e ao bombeiro Brum e ao Castro, da investigação. Os tios da Bárbara que me acompanharam desde o início, a todo mundo de Tupanciretã, de Santa Maria e até do Estado, que se comoveu. A Bárbara tá bem e agora é juntar os pedaços porque eu estou despedaçado - disse, emocionado. 

'Ela tinha um sorriso nos olhos', diz amigo de infância de Bárbara

Muitas pessoas lembraram de como ela era uma pessoa querida e uma profissional dedicada. Ainda na quarta-feira, a prefeitura de Tupanciretã decretou luto oficial de três dias pela morte da dentista. 

Bárbara era casada com o advogado Pedro Ribas, e filha mais velha de Magda e Vilson. Tem um irmão mais novo, Daniel. Ela estudou odontologia na Universidade Franciscana, em Santa Maria, e trabalhava em uma clínica anexa na casa dos pais em Tupanciretã. 

O cirurgião-dentista Angelo Zottele Piasentin , amigo e colega de faculdade de Bárbara, lembra da dentista com carinho:

- Bárbara havia me convidado para um curso de Reiki. Em julho me mandou uma mensagem de Chico Xavier, que eu nem li... Desde a graduação ela sempre foi muito espiritualizada e ligada à energia que absorvemos, e à natureza que nos rodeia. Um ser de luz, sem maldades, disposta a ajudar e fazer o bem, exemplo de pessoa e profissional a ser seguido. O consultório estava com fluxo incrível de pacientes, ela era bem quista e indicada por todos que ali se tratavam. Dedicada e atenciosa, nós já havíamos planejado, inclusive, parceria para os casos de endodontia. É inacreditável. 

ENTENDA O CASO 
Na tarde do último sábado, Bárbara deixou o escritório do marido e foi caminhando para casa em Tupanciretã. Cerca de duas horas depois, quando ele chegou em casa, não encontrou Bárbara. A chave dela estava caída, a porta de casa aberta e a bolsa com documentos estava lá. Desde então a família começou a pedir notícias da dentista, nas redes sociais. A Polícia Civil começou então as buscas pela dentista. 

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A investigação apontou que ela contratou um carro executivo, na tarde de sábado, e viajou até Santa Maria, uma distância de pouco mais de 90 quilômetros. Ela ficou em silêncio na corrida e desceu em um posto de combustíveis no Trevo do Castelinho. Câmeras da loja de conveniência mostraram ela comprando água e chocolate e depois, deixando o local a pé, caminhando em direção à rodovia.

Desde o domingo, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Rodoviária Federal (PRF) fizeram buscas no local onde ela foi vista pela última vez e de onde, às 5h32min de domingo, o celular dela emitiu um último sinal. O corpo foi encontrado em uma área de mata fechada às 15h15min de quarta-feira. A Polícia Civil acredita que ela tenha cometido suicídio e teria planos de não ser encontrada.